segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Assassinato



Não peça que eu sorria, se tu me fizestes chorar. Se tu fostes o único e maldito motivo de tantas e tantas lágrimas! O meu rosto está cansado, sim, envelheci 15 anos nos últimos 6. Me tornei uma senhora mal amada, desiludida, sem esperanças. Tu tiraste o melhor de mim: minha vontade de viver, de ser feliz, de amar e ser amada, de ter uma família, ser mãe. Pegaste todos os meus sonhos cultivados da infância até a adolescência e jogou no lixo. Não sobrou nada além de frieza, desamor, desesperança. Não acredito mais em deus, não quero mais casar, ser mãe nem pensar, romantismo não existe, todos os homens são infiéis, o amor não existe, o bem não existe, o mundo está repleto de gente egoísta, sexo só os casuais e nunca mais. Das drogas as mais pesadas, porres fenomenais, a moça ingênua e sonhadora deu espaço à uma louca que não se intimida com nada. Zero de sentimentos. Nunca mais se apegar, nunca mais se entregar, nunca mais sonhar. Casamento? Só se for o dos outros, para eu destruir. Filhos? Só se for o dos outros para eu ensinar todos os palavrões possíveis e imagináveis. Tu que mataste a boa moça que existia em mim. 

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