Se for para agredir, que seja à ela mesma. Tem tanto bom senso que não desconta a raiva que sente do mundo naqueles que estão a sua volta e ri, sozinha, caminhando na rua com ou sem rumo, embebida pela música que toca no fone de ouvido. Ela não é santa, mas não tem ficha criminal. Não é boba, mas sorri para estranhos na rua e se dá numa relação como a criança que se atira aos braços de quem conhece. Não acredita em horóscopo chinês, mas consulta o taro quando está em dúvida. Vai embora, mas não deixa de acreditar que os momentos bons ainda vão se repetir. Um ser comum com suas peculiaridades femininas, infantis, suas utopias e uma imaginação capaz de a levar telepaticamente à qualquer lugar do universo.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Só mais uma bala
E no fim de tudo, não pode-se dizer que essa história teve um final feliz porque no fim de tudo, você vai se casar. Já dizia o ditado: "Por trás de um casal feliz, sempre tem uma terceira pessoa chorando". Não estou literalmente chorando, mas com certeza tem alguma coisa errada comigo. Penso que, quando um cara está comigo, é porque ele quer estar comigo e não porque o pressiono para isso. Vivemos sempre sob pressão: pressão para ser aprovado na escola, pressão para passar no vestibular, para se formar, conseguir um bom emprego e manter-se nele, pressão para ter grana e poder pagar as contas... e aí tem gente que quer pressionar numa relação... convenhamos, isso é o fim. Nossa história é velha, digna de um romance novelístico, cheio de idas e vindas e discussões e maldições. E de repente as coisas mudam e o que eu pensei que era o fim, tornou-se um novo começo.