sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Time e o garoto do sobrenome


O som grave das guitarras e baixos, as batidas secas dos tambores, o dedilhar do piano, o suspense do primeiros acordes anunciando a canção que vem no momento inesperado... e de repente eles soltam a voz, gritam palavras de um ser arrependido que não viu a vida passar e lá se foram dez anos pelo caminho, ainda que seja jovem. Um dia vou dizer que dez anos se passaram, mas ainda não alcançamos uma década desde nosso primeiro encontro naquele bar, numa noite quente e as promessas fáceis e os planos que nunca deram certo. Vi a vida seguindo, você alcançando seus objetivos, uma namoradinha só pra dizer que tem, segredos que só a mim você confessou... foram tardes juntos, filosofando, falando da vida, das teorias da (in)existência de Deus, das teorias da conspiração, dois corações pulsando, e refletíamos e tentávamos entender tudo e você sempre me dando aulas sobre socialismo, feudalismo, capitalismo, comunismo, todos os "ismos" existentes entre o céu e a terra. E Pink Floyd foi e sempre será a trilha sonora de dois jovens que nada sabiam e nada sabem da vida, mas que viram-se tomando rumos e caminhos diferentes, ainda mais depois que a maldição foi quebrada, como algo que tinha que ser feito, para que o ciclo se fechasse. Sinto falta das bebidas fortes, do rock tocando e ensurdecendo. E o ciclo se fechou. Será?

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