domingo, 8 de dezembro de 2013

Boca de jacaré




Eu quis me expressar, achei que pisava em terreno seguro. Pensava que nossa intimidade estava estabelecida e eu confiava em você. Entreguei os pontos, mostrei minha cara, sem máscaras, fui sincera como não se pode ser, e a inocência mais uma vez, me fez culpada de um crime que não cometi. E a minha língua, maior do que a boca me trouxe julgamentos injustos. Minha fala é fatalista, é oito ou oitenta, “faca na bota”, mas meus atos, perpassados pelas tuas palavras persuasivas, são baunilha, puro mel e suaves como algodão doce. Você tem o dom de quebrar o meu gelo, adoçar minhas amarguras e sempre me fazer refletir, usando meus próprios argumentos contra mim. Eu vou deixar os dias passarem, a chuva lavar a dor e o bálsamo divino me fazer alguém melhor a cada dia.

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