quarta-feira, 7 de março de 2012

Nada importava...



Na volta pra casa, o salto quebrado, coração despedaçado, cérebro embriagado. Parou numa esquina pra acender um cigarro, que o fumou lentamente e com tanto prazer que morreria feliz, se morresse naquele momento. A boca borrada por ter beijado um cara qualquer em meio às músicas frenéticas. Maquiagem desfeita e por traz daquele rosto lindo, a verdadeira imagem da mais pura tristeza. Quando o amor vai embora, a primeira coisa que se consegue fazer é se autodestruir, numa culpa sem tamanho. Depois de uma grande decepção, pouco importava quem ela era, quais os sonhos dela, o que ela realmente queria. Pouco importava que boca beijaria, que mãos percorreriam seu corpo e em que cama acordaria. Pouco importava se ela estava bebendo todos os dias, fumando muito além do que estava acostumada, optando pelos venenos mais fortes e pela maneira mais arriscada de viver. Na verdade, nada mais importava já que ela não tinha mais aquele que realmente importava. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário