sexta-feira, 28 de junho de 2013

Telepata

Se for para agredir, que seja à ela mesma. Tem tanto bom senso que não desconta a raiva que sente do mundo naqueles que estão a sua volta e ri, sozinha, caminhando na rua com ou sem rumo, embebida pela música que toca no fone de ouvido. Ela não é santa, mas não tem ficha criminal. Não é boba, mas sorri para estranhos na rua e se dá numa relação como a criança que se atira aos braços de quem conhece. Não acredita em horóscopo chinês, mas consulta o taro quando está em dúvida. Vai embora, mas não deixa de acreditar que os momentos bons ainda vão se repetir. Um ser comum com suas peculiaridades femininas, infantis, suas utopias e uma imaginação capaz de a levar telepaticamente à qualquer lugar do universo.

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