quinta-feira, 13 de junho de 2013

Uma mulher qualquer

Engoliu o último gole do café sem açúcar que toma sempre antes de sair, apagou o cigarro no cinzeiro e retocou o batom vermelho, ajeitou rapidamente o cabelo na frente do espelho e saiu. Saiu pronta para encarar o mundo que não filtra nada antes de nos acertar; pronta para viver mais uma noite de alegrias para quem olha seu sorriso fácil, mas são poucos os que sabem que ela, na verdade, se esconde atrás de um copo de vodka e drogas ilícitas, sempre que pode. Usa pulseiras para esconder as marcas que ficaram nos pulsos, daquela época em que via o mundo sempre caindo em cima de sua cabeça. Tem vinte e poucos anos, mas a contar pelas dores e alegrias que já viveu (e aprendeu) o número dobra.

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