quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Imaginei





Por um momento te imaginei entrando por aquela porta e tomando um susto ao me ver, tão grande quanto a minha surpresa ao te avistar. Eis que surge uma questão sem resposta: Qual seria a tua reação?

Sorriria ou fingiria que não me viu?
Trocaria algumas palavras comigo ou diria um "oi" em meio a um sorriso amarelo?
Me daria um abraço ou se conteria em acenar distante?

A verdade é que eu não sei dizer. Sinceramente, não consigo imaginar a tua reação e isso só prova que eu não te conhecia e nunca te conheci. Embora nos falássemos todos os dias, algo me diz que tu sempre vestias um personagem e nunca mostrou a cara nem tuas reais intenções.

E daí vou mais a fundo: como eu me deixei envolver tão intensamente por quem eu não conhecia? Como eu pude ter sido incapaz de ver que tu não estavas sendo verdadeiro?
O amor, a paixão, todos estes sentimentos de certa forma embaralham nosso raciocínio.
Nos entregamos e quando percebemos o engano, choramos.
A mágoa toma conta de nós e pobre de quem se aproxima depois disso porque só resta a cautela, o medo, a prudência, o "freio de mão puxado", o "pé atrás".

Parece que nascemos puros, dotados de uma capacidade de amar sem reservas só que com o tempo e o acúmulo de decepções essa capacidade vai se esgotando e vamos ficando amargos, desiludidos, desconfiados.

Será que existe uma luz no fim do túnel?

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