sábado, 6 de junho de 2015

Enredo

Há tanto a dizer que eu não sei por onde começar, minha cabeça ferve em meio a medos, incertezas, vontades que não podem ser satisfeitas no momento e essas algemas invisíveis que me prendem, sem estar presa. O que eu quero não posso e o que tenho não me satisfaz. Vivo numa redoma de vidro quebrada, impossível de ser o que um dia foi porque ainda que se cole um vidro, as marcas estarão lá. Então sigo tentando caminhar, com as pernas atoladas em um poço de lama que eu mesma construí, num eterno vai e vem, em um eterno não saber o que querer, pior do que o pássaro que voa livre e solitário, infeliz mesmo acompanhada e com medo de ser mais infeliz se acabar com tudo. E para as minhas perguntas, não existem respostas. E não existe quem possa me dar um conselho. Vou viver esperando um milagre que mude o significado dos meus dias.

5 comentários:

  1. Experimento duas sensações quando entro aqui na sua casa virtual. Sinto estar entrando numa casa limpa, rigidamente limpa, tudo em ordem, no lugar, mas mesmo assim fica parecendo que falta algo. E ela, a casa, parece uma nave do tempo, não necessariamente do tempo, mas de um tempo.

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  2. Senti falta de seus comentários, Paulo! E as sensações que dizes experimentar me fazem perceber que esta é a situação concreta, descrita na tua metáfora de "casa limpa e em ordem, mas que falta algo". E este algo, ainda não sei definir, mas sigo em sua busca!

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    1. Então! Fico meio que inibido para ficar falando sempre, mas leio tudo. É que tem dia que o texto tem uma carga tão personalizada que não sei se é personagem ou a autora, aí não falo nada. Um abraço!!!

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  3. Declaro para os devidos fins, que tens total liberdade para comentar meus textos, sejam eles por ti interpretados como sendo escritos por um personagem ou pela autora mesma, no pseudônimo de "Leoa". É um prazer saber que alguém compartilha comigo estes pensamentos!

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  4. Data venia a declaração de Nihil obstat, serei mais ousado

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