segunda-feira, 8 de junho de 2015

Dia-a-dia

Pula da cama às 6:16, 15 minutos no banheiro entre atualizações do celular, escovar os dentes e arrumar o cabelo, tenta acordar ele pela primeira vez, arruma os lanches, passa o café dele, arruma o pão dele, tenta acordar ele pela segunda vez, se veste (sempre a primeira e mais confortável roupa que vê), calça o tênis ou uma sapatilha surrada, arruma a bolsa, confere se está tudo lá, apressa ele que levantou tarde demais, entra no carro, ele a leva até o trem. Cinco minutos de carro entre esquentar o motor, desembaçar os vidros, abrir e fechar o portão já que o controle está em cacos e depois chegar na estação de trem, mais dezessete minutos até a estação destino, desce correndo a plataforma e embarca no ônibus, mais uns dez minutos até o trabalho. Bate o ponto, come um sanduíche enquanto caminha para a sala, liga o computador, checa os e-mails, recebe documentos, digita, digita, digita, digita e depois digita mais um pouco, bate o ponto de novo, fica na fila do refeitório, almoça, volta pra sala, checa os e-mails, liga pra ele pra ver se está tudo bem, bate o ponto de novo, digita mais e mais, bebe água, faz um lanche, digita. Bate o ponto, espera o ônibus, sobe a passarela e espera o trem, desce na oitava estação seguinte, espera ele, ele chega e vão ao supermercado, comprar sabonete, desodorante, cebolas, tomates, vão para casa, ela faz uma janta rápida enquanto lava a louça, jantam, tomam banho, assistem um filme ou seriado e antes da meia noite estão dormindo, cansados dessa rotina não tão pesada, mas nem tão leve. E assim as coisas se repetem durante 5 dias da semana e aos sábados pela manhã ela limpa a casa enquanto ele trabalha mais um pouco, de tarde dormem e de noite se reunem com a família, cerveja, risadas, churrasco. Domingo eles passeiam ou dormem e assistem seriados o dia todo, comendo bobagens, até que se dão por conta que vai começar tudo de novo. Descrever já cansa, imagina viver.

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