terça-feira, 3 de setembro de 2013

Devaneios tolos

Eu queria escrever, mas não há nada a dizer. A mente tão acelerada, os problemas me sufocando e no meio disso tudo ainda consigo falar de amor, de sonhos... mas chega. Quero me transformar num balão de gás hélio de escapar dos dedos da criança, e subir ao céu, sem pressa, olhando a vida ficar lá embaixo. Quero me perder entre as ondas e quando perceber estarei flutuando de braços abertos em alto mar, olhando o céu, ouvindo só a água. Quero ficar presa num quarto todo branco, sentido as horas passarem enquanto sinto o tempo me castigando e matando minhas células, uma a uma, enquanto outras tantas nascem em seus lugares. Quero o silêncio absoluto. Meu lugar é num hospício, ali, olhando pro nada, fazendo do tic-tac do relógio uma canção, fazendo história para a formiga que passa no chão e imaginando que ela é a princesa do formigueiro e está passeando, arteira e curiosa. Queria me deitar na areia do mar e gritar até meus pulmões explodirem, gritar sem ser ouvida, gritar sem que me pedissem pra parar. Minha vida é um grande brinquedo que me deram e não me ensinaram a brincar e eu fico ali parada, admirando-a, sem saber o que fazer. Não quero que o sol apareça, o cinza do céu combina tanto comigo...

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