domingo, 22 de abril de 2012

Mais uma história trágica...

Ele decidiu não perdoá-la. O erro fora pequeno mas o orgulho dele era maior que o desejo de manter e continuar o que havia sido construído no último mês entre eles. Se conheceram por acaso, numa madrugada fria, estranhamente no mês de março e ela sempre se perguntou se aquele súbito envolvimento era somente obra do acaso. Conversavam muito, por horas à fio, sabiam mais de suas intimidades do que muitos de seus ex-amores puderam saber. Tinham tanto em comum, embora o encontro (ou seria reencontro?) fosse recente. Ele resolveu sumir por uns dias e ela não soube entender, não suportou a ausência de quem tinha lhe feito companhia nos últimos dias, de quem vinha lhe fazendo tanto bem. Agiu por impulso, num ataque de fúria adolescente que não condizia em nada com o jeito dela, e despejou toda a ira nele. Até hoje ela não sabe explicar a causa de tal descontrole, justo ela que sempre fora tão amante da liberdade, de deixar tudo e todos livres para irem e virem... 
Tentou se desculpar, ele disse que não entendia o motivo da cobrança, ela explicou que não estava cobrando, só queria entender porque ele sumira, ela ligou mil vezes e ele não atendeu. 
Não respondeu aos chamados dela. 
Ele seguiu a vida como se ela nunca tivera existido. 
Ela chorou. Lamentou. 
Se esgotou. 
E não se perdoou. 


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