quarta-feira, 15 de julho de 2015

Sobre culpa e lamentos

Quando penso em teus olhos azuis, só sei lamentar. Lamento muito por não ter te amado como tu merecias, não ter aceitado teu amor em plenitude. Lamento por não ter sido boa para você, carinhosa, atenciosa, fiel. A verdade é que nossa relação foi um erro, meu coração pertencia a outra pessoa e mesmo assim te envolvi na minha confusão, numa ânsia vã de substituir um amor, por outro. Tu nunca mereceste este meu falso amor. Te usei, para me favorecer, um sentimento egoísta e repugnante e tu, em meio à carência e solidão, imaturidade, ingenuidade, não foi capaz de ver o quão nociva eu estava sendo. Vivemos momentos felizes, compartilhamos anos de nossas vidas, tu esteves presente em tantas coisas que vivi e hoje, quando olho para estes quatro anos, vejo uma sombra e minha alma negra, poluída e má. Então, quando te vi sorrindo naquela foto hoje, ainda não sei explicar a razão da dor em meu coração. Um misto de culpa, uma vontade de te pedir perdão por tudo que eu não fui para ti e pelas coisas horríveis que fiz e que tu não sabes. Senti um desejo profundo de que que tu encontres uma mulher de valor, que dê todo o amor que tu mereces porque eu sei que tu és capaz de amar de uma forma verdadeira, pura e sincera. Mas eu sei que por trás daquele sorriso, mora a solidão. Teu nome é solidão, ela me parece ser tua companheira desde sempre. Enfim, não há nada mais que eu possa dizer além disso... que lamento, que preciso do teu perdão, que só te desejo coisas boas e que a vida te devolva todo o amor que tu me dedicastes... 

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Lembrei de uma canção composta pela Ângela Maria, que não parece com o texto à primeira vista, mas foi o o que primeiro me ocorreu. Chama-se "Orgulho": (Eu fui editar um erro crasso de português e acabei removendo este mesmo comentário, sem nada a mais ou menso, fora, é claro, o erro.
    Tu me mandaste embora, eu irei
    Mas comigo também levarei
    O orgulho de não mais voltar

    Mesmo que a vida se torne cruel
    Se transforme numa taça de fel
    Este trapo tu não mais verás

    Eu seguirei com o meu dissabor
    Com a alma partida de dor
    Procurando esquecer

    Deus sabe bem quem errou de nós dois
    E dará o castigo depois
    O castigo a quem merecer

    Aqui em audição imperdível de Ângela Maria & Maria Betânia:

    https://www.youtube.com/watch?v=eD-6KY85QJE

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