segunda-feira, 28 de maio de 2012

Meu senhor? Sua escrava!



Não quero lembrar que ele tem todas as qualidades que eu julgo serem 
pré-requisitos para que um homem tenha um segundo da minha atenção.
Para que consiga meu interesse. Para que possa pensar na possibilidade de me ter.
Mas ele tem. Ele ME tem. 
As consequências dos beijos loucos e avassaladores dele tinham se perdido em meio à tantas memórias,
mas foi só ele se aproximar que eu recordei de cada milímetro daquela boca
que sempre chega revirando tudo. 
Atacamos (e não há melhor palavra para definir) um ao outro feito feras famintas e, 
embora anestesiados pelos melhores anestésicos e calmantes, nada pode nos segurar.
Me rendi de tal forma que ele arrancou o melhor de mim, 
inclusive o prêmio máximo (aquela carta que a gente guarda na manga, a surpresinha fatal).
Foi sem controle, instintivo, estremecedor, a mais pura luxúria.
Quem olha para aquele rosto quase tímido não conhece quem ou o quê mora ali dentro.
Só sei que ele sabe direitinho todos os caminhos que me levam aos píncaros mais pecaminosos
e enlouquecedores. Ele consegue me tirar do sério, descer do salto, esquecer de qualquer 
conceito, teoria, tese, trabalho, opinião, horário, compromisso, 
qualquer vida lá fora e naquela hora
não existe mais nada, o mundo realmente pára... 
Ele existe para me mostrar o que é bom e o que realmente há de bom.
Ele é o meu padrão de excelência. 
E o melhor de tudo isso (ou seria pior?) é que não chegou ao fim.
Na verdade, a gente nem começou...

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