domingo, 20 de maio de 2012
Momento derradeiro
Sentei na mesa de um bar. Caixas de som antigas tocavam exatamente o que eu não precisava ouvir naquele momento: canções bregas e velhas, que falavam de desamor. Sem hesitar, pedi ao garçom que me desse a garrafa de uísque mais podre que ele pudesse encontrar e uma carteira de cigarro da marca mais forte possível, porque enquanto tivesse uma gota na garrafa eu estaria bebendo e enquanto tivesse um cigarro na carteira eu estaria fumando.
Era o meu quase suicídio lento e indolor.
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