sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O doce amargo do meu ser




E os anos vão passando, um após o outro. Nesta marcha lenta, que nunca para, fui me perdendo ao poucos como quem antes viveu mas já não vive mais. Eu que era cheia de princípios, sonhos, conceitos e pré-conceitos, eu que me via cheia de esperanças e era mais do que nunca apaixonada pela vida...eu que ainda sonhava com o príncipe encantado, com o amor verdadeiro, com sinceridade, cumplicidade e achava (doce ingenuidade!) que tudo seria eterno. Que quando eu encontrasse aquele que seria "o cara" nos apaixonaríamos perdidamente, namoraríamos, casaríamos, teríamos nossa vida, nossos planos, nossos filhos e que quando estivéssemos bem velhinhos morreríamos um ao lado do outro. Eu era só mais uma garota sonhadora (Oh, se sonhava!), que não via maldade nos homens, nas pessoas, nas atitudes e sofria por as vezes perceber que as coisas não eram bem assim. E esta moça que vivia em um mundo colorido foi cair nas mãos de um traste, o mais safado, cafajeste, manipulador, traiçoeiro que ela pode conhecer. Foi iludida e desiludida, encantada e a vida a desencantou. A dor a fez perceber o quão mau o ser humano pode ser. E as consequências disso? As piores possíveis. De moça doce e sonhadora, para mulher amarga e sarcástica que não acredita no amor, acredita apenas que as pessoas se usam e que quando alguém não é mais útil é colocado no lixo.

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