segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mais uma chance para o amor




Penso em você todos os dias. Desde quando acordo, naquele momento em que a gente abre os olhos fazendo força para não dormir de novo, até antes de dormir, quando deito e penso nas coisas que tenho que fazer amanhã, embora pensando na minha rotina do dia seguinte, consigo pensar em você ao mesmo tempo. É como se você estivesse dentro da minha mente, pois te vejo em tudo o que estou fazendo e sentindo. Talvez isso seja uma tentativa de me sentir perto de você, talvez isso seja um mecanismo de defesa que desenvolvi, que transcende a teoria de Freud, para não sofrer com a tua ausência.  Só que é tão forte, que eu não consigo mais parar de pensar, é algo que absorvi e já faz parte de mim e o pior de tudo isso é que não consigo entender nada, entre outras coisas que não compreendo desde o segundo em que te vi pela primeira vez. Penso tanto que de certa forma acho que você também pensa, pois já perdi as contas das coincidências que aconteceram como te ligar no momento em que você está escrevendo um SMS pra mim. De repente me vi como a menina que sempre quis voltar a ser, que acreditava no amor, nos contos de fada e no príncipe encantado, ciente de que perfeito ele não poderia ser. Concluí que todos os amores e desamores que vivi para nada mais serviram além de me preparar para alguém especial, para quando o cara certo entrasse na minha vida. Esse passado me moldou, aparou as arestas e quando eu deveria me sentir preparada, me sinto na verdade tão confusa quanto uma garota de 15 anos. Escondi-me da dor atrás de uma capa de mulher moderna, que acreditava e aceitaria o amor livre, sem deveres de fidelidade, que dizia que o que importava era o lado profissional e não o amor, que não acreditava em amores que duram há 30 anos ou mais, que não queria casar e nem ter filhos, só ter encontros casuais e bastava. Até que, dias antes de lhe conhecer, despi-me do orgulho e admiti para mim mesma que estava cansada de estar sozinha e que sabia que um amor agora me faria muito bem. E te conhecer não parece ter sido apenas conhecer: sinto que nos REconhecemos, pois foi tudo tão intenso desde os primeiros segundos. Resisti bravamente aos teus incessantes pedidos de namoro, dizendo que só a palavra “namoro” me causava pânico, só conseguia imaginar uma relação baseada no ciúme e privações de liberdade. Você, sempre teimoso, já dizia que nossa relação era namoro sim e que eu estava “pega”. E como sempre, você tinha razão. Não consegui mais fugir da tua oferta tentadora e compassiva de me dar (sim) AMOR. E fechei os olhos, suspirei, esqueci o medo e me atirei em seus braços, me dei inteira pra você, como quem diz: estou cansada de cuidar de mim sozinha; estou cansada de não ter alguém para cuidar e dar todo esse amor que tenho reprimido e estou cansada disso também. Pronto. Agora sou tua e o amor que não me decepcione, pois não tenho mais forças para tentar de novo.

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