quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sobre a dor mais profunda

E de repente aquele coração que sempre te encheu de amor e te deu tudo que precisavas para que tu crescesses feliz, para de bater. Como a chama de uma vela que ainda resta no pavio, mesmo depois de toda cera ter derretido simplesmente se apaga, assim foram os últimos suspiros da pessoa mais importante da minha vida. Ali, já sem consciência, jazia em um leito de sofrimento, mas não sem receber todo o meu amor. E todas as minhas preces foram atendidas: já que o caso era irreversível, que seu sofrimento não fosse longo. Quando vi seu semblante esbranquiçado, perdi o chão embaixo dos meus pés. E agora, pra quem vou correr quando tudo der errado? E pra quem vou contar minhas alegrias, pra encher de orgulho? Mas por mais sozinha que eu me sinta, nosso elo é forte demais para ser quebrado pela distância física. A morte nunca será capaz de nos afastar, pois ela está em mim, no meu DNA, no meu inconsciente, na minha personalidade, está em quem eu sou, em quem eu me tornei e em quem eu quero ser a partir de agora. Para sempre em mim, para sempre comigo.

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