segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sonho



Sonhei que tinha recebido uma carta e nela era a tua letra desengonçada, num poema escrito no canto da folha, com letras tortas e palavras que não consigo lembrar. A emoção foi a mesma de quando, na realidade, abria os envelopes com tuas declarações de amor que demoravam a chegar.

Na verdade, no sonho, eu tinha encontrado uma velha carta, escrita naquele tempo em que pertencíamos um ao outro e lembro de sentir saudade, talvez a mesma que, vez ou outra, aparece por aqui, me deixando com o pensamento ao longe, canções melosas no rádio e um olhar perdido.

De repente tu voltas ao pedestal, ao lugar que sempre foi teu, que nunca deixou de ser teu; volta a ter um espaço exclusivo em minha vida, em meus dias, embora o mesmo não aconteça comigo, embora tu nunca lembres de mim, ainda que eu faça parte de um passado que está morto e enterrado pra ti.

E me faltam as palavras, não há o que eu possa dizer. Quem foi rei, sempre será majestade.

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